A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e a Associação Pantaneira de Pecuária Orgânica e Sustentável (ABPO) se reuniram na semana passada para discutir o processo de indicação geográfica da carne do Pantanal.
Em busca do reconhecimento oficial, as entidades iniciaram o trabalho de revisão de normas e protocolos relacionados ao sistema de produção da pecuária pantaneira.
A indicação de procedência da carne do Pantanal será um selo utilizado para identificar a carne bovina proveniente do rebanho nascido, criado e engordado na região do Pantanal mato-grossense e sul-mato-grossense.
O selo de indicação geográfica representa a valorização e o reconhecimento dos mais de 300 anos de história e tradição na produção de carne pantaneira, o processo visa destacar a autenticidade e origem do produto, ressaltando seu sabor único.
Esse reconhecimento representará um pontapé inicial para estimular ainda mais a pecuária sustentável na região, e paralelamente os produtores pantaneiros aguardam ansiosamente a regulamentação da Lei do Pantanal, visando segurança jurídica para continuação da atividade de pecuária de corte no bioma Pantanal.
O selo de controle será implementado após deferimento do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) e conta com o envolvimento da Famato, ABPO, Senar, Famasul, Sebrae, sindicatos rurais pantaneiros, Embrapa e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
A união dessas organizações demonstra o compromisso com a conservação do bioma, destacando a pecuária pantaneira como referência.
A reunião contou com a presença do Diretor de Relações Institucionais da Famato, Ronaldo Vinha; presidente do Sindicato Rural de Poconé, Raul Santos; analista de Pecuária da Famato, Marcos Carvalho; analista de Meio Ambiente da Famato, Tânia Arévalo; supervisor do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-MT), Marcelo Nogueira; diretor-executivo da ABPO, Silvio Balduíno; analista de certificação da ABPO, Leonardo Colaço; e o consultor do Sebrae, Marcos Fabrício W. Gonçalves.
Fonte: DBO Rural