O mercado físico do boi gordo segue sustentando os preços atuais da arroba, mas algumas regiões brasileiras ainda sofrem com a pressão baixista imposta pelas indústrias, relata a Agrifatto.
Na quarta-feira, a consultoria identificou um recuo nas cotações do boi gordo nas praças paulistas. Agora, o valor médio do boi gordo no Estado de São Paulo caiu para R$ 235/@, de acordo com dados da Agrifatto, que acompanha diariamente os negócios envolvendo 17 praças brasileiras.
Nas demais regiões de cobertura, o preço médio permaneceu estável nesta quarta-feira, valendo R$ 224,90/@, acrescenta a consultoria.
Na avaliação dos analistas da Agrifatto, com o retorno gradual das atividades escolares e aproximação da data do pagamento de salários, no início de fevereiro, o escoamento da carne bovina no mercado doméstico tende a ficar mais aquecido, o que pode fortalecer a esperança de preços da arroba mais firmes – ou até mesmo alguns momentos de alta.
Pelos dados da Scot, nesta quarta-feira, o preço da vaca gorda recuou R$ 3/@ no mercado paulista, para R$ 212/@. Para as outras categorias, as cotações ficaram estão estáveis, mas, reforçam os analistas da Scot, "há uma pressão baixista pairando sobre o mercado, principalmente envolvendo lotes de machos terminados".
Segundo os números da Scot, o boi gordo "comum" vale R$ 240/@ no Estado de São Paulo, enquanto a novilha gorda e o "boi-China" são negociados por R$ 230/@ e R$ 245/@, respectivamente (preços bruto e a prazo).
De acordo com avaliação da S&P Global Commodity Insights, neste momento, a relação entre oferta e demanda de boiada gorda permanece em equilíbrio no mercado brasileiro, mantendo os preços da arroba lateralizados na maioria das praças do País.
Porém, diz a S&P Global, a demanda por animais terminados segue lenta nesta última semana de janeiro, indicando que as necessidades das indústrias se encontram minimamente sanadas.
"Tal situação também fez parte das semanas anteriores de janeiro, um reflexo das férias escolares e da menor atividade industrial/comercial durante o primeiro mês do ano".
Assim como já mencionou a Agrifatto, os analistas da S&P Global acreditam que o mercado atacado de carne bovina deve ficar mais aquecido nas primeiras semanas de fevereiro. "Além da volta das atividades econômicas, o feriado de Carnaval pode impulsionar a procura pela proteína bovina, sobretudo cortes mais nobres", prevê a consultoria.
Na B3, os contratos futuros continuam com o movimento de valorização iniciado nos últimos dias, informa a Agrifato. Na terça-feira (30/1), o contrato de curtíssimo prazo (com vencimento em janeiro/24) encerrou o dia negociado em R$ 247,30/@, com ligeira alta de 0,12% no comparativo diário.